As finanças suspeitas de um amigo e colaborador do clã Bolsonaro e o depósito nebuloso de 24 mil reais, por parte desse personagem, na conta da futura primeira-dama incomodam o presidente eleito às vésperas da posse.
No Congresso, deputados de oposição a Jair Bolsonaro ensaiam propor uma CPI assim que os novos parlamentares assumam, em 1o de fevereiro. Um dos articuladores da CPI, o PT cobrou providências do Ministério Público Federal (MPF).
Uma investigação que mire Michelle Bolsonaro, a depositária dos 24 mil, o senador eleito Flávio Bolsonaro, contratante na Assembleia Legislativa do Rio do dono das finanças suspeitas, e o PM aposentado Fabricio Queiroz, depositante do cheque na conta da esposa do ex-capitão.
Até aqui, porém, o MPF demonstra pouco apetite para mexer no assunto, apesar de o rolo de Queiroz ter surgido no meio de uma investigação do órgão.
Com base nessa investigação, o MPF pediu a prisão de vários deputados estaduais e funcionários da Assembleia do Rio, em 16 de outubro, mas nem Flávio Bolsonaro nem seu motorista Queiroz estavam entre os alvos.
Desde que Queiroz virou notícia, em 6 de dezembro, o MPF já divulgou duas notas a dizer que o documento que complica o amigo e colaborador bolsonarista foi enviado “espontaneamente” ao órgão pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf. Ou seja, o MPF fez questão de deixar bem claro que não pediu nada..
FONTE " apostagem "
FLÁVIO BOLSONARO FOI ALVO DA OPERAÇÃO FURNA DA ONÇA JUNTO COM VÁRIOS OUTROS DEPUTADOS ESTADUAIS DO RIO
Segundo um jurista especialista no assunto e fontes ligadas ao Coaf e à investigação ouvidas pelo UOL, o pedido de informações ao órgão não configura quebra de sigilo: o Coaf apenas fornece as informações que já estão no banco de dados do Conselho, ou seja, o que já havia sido identificado como movimentação atípica e reportado ao Coaf antes do pedido de informações.
"Os bancos e outros agentes financeiros passam as informações de atividades suspeitas ao Coaf pelo sistema, e essa informação fica armazenada lá", diz um auditor fiscal que conhece o funcionamento do órgão e pediu para não ser identificado por que não tem autorização para dar entrevistas. -
"No caso do Flávio Bolsonaro foi assim. Fizeram a requisição via sistema e receberam de volta o relatório automático no caso com o que já estava no banco de dados, reportado pelos agentes financeiros. O Coaf não vai atrás de informação nenhuma, trabalha só com o que foi enviado pelos bancos e outros agentes como suspeito", diz o auditor.
" Assim, não existe quebra de sigilo bancário: o Coaf não tem acesso ao extrato da conta do suspeito, e sim apenas informações referentes às operações consideradas suspeitas já identificadas anteriormente. Auditor do Coaf que pediu anonimato.
Segundo o auditor fiscal, não há perseguição. "A comunicação sobre ele chegou junto com as de dezenas de pessoas, incluindo ex-funcionários dele, de outros deputados e ex-deputados estaduais, que são suspeitos na investigação do MP-RJ de participar da 'rachadinha' nas verbas de gabinete. Todos esses relatórios foram fornecidos e as apurações estão andando, é que nenhuma gera tanto interesse quanto a do filho do presidente, obviamente." Em entrevista ao UOL o presidente do Coaf, Roberto Leonel de Oliveira Lima, afirmou que a atuação do órgão é técnica e não persegue ou protege ninguém.
FONTE " UOL "
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