O balanço está no meu voto. No voto, eu busquei escancarar tudo, inclusive dizendo da responsabilidade do Supremo. Eu disse que a história, as gerações futuras são implacáveis. Agora, pelo que eu li hoje no Globo, já estava tudo acertado.
O SENHOR JÁ SABIA DO ACORDO QUANDO PROFERIU O VOTO?
Sabia pelo noticiário, pelas redes sociais, não por informação interna do Supremo. E, agora, claro que se confirmou. O meu voto teve uma parte substancial na qual eu cobrei a responsabilidade dos colegas a partir do que já circulava nas redes sociais.
MAS ELES MANTIVERAM O ACORDO?
É o que estou percebendo, que no dia anterior já corria em Brasília (a informação) que o ministro Celso (de Mello) mudaria o procedimento que sempre teve e puxaria o voto. Agora, quando nós saímos do colegiado com nosso entendimento vencido, temos que reexaminar nossa posição. A única coisa que digo é que estou vencido, mas não convencido.
O SUPREMO SE ACOVARDOU?
Em meu voto, disse que o Supremo não podia se despedir do dever de tornar prevalecente a Constituição Federal. Isso está com todas as letras em bom vernáculo no voto. Foi realmente um voto contundente e reforçado no tocante ao que se apontava na véspera como um acordão.
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DIZ MARCO AURÉLIO
“Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República”, disse, ao retomar a palavra para proferir seu voto. Ele referia-se ao descumprimento, pelo Senado. “Faço justiça que ele [Renan] não me chamou de “juizeco””, disse também, relembrando episódio em que o senador alagoano classificou desse modo um juiz federal que mandou prender policiais do Senado.
Segundo o ministro Marco Aurélio, o cidadão comum hoje entende que o Senado Federal é o próprio senador Renan Calheiros, visto como um “salvador da pátria” capaz de ajudar a resolver a crise que afeta o país.
Janot:
“Houve uma recusa de um dos Poderes da República em cumprir uma decisão legítima proferida por órgão competente. Desafiar decisão judicial é como desafiar as noções fundamentais do Estado democrático de direito”, afirmou Rodrigo Janot.
O procurador-geral retomou uma frase já dita por ele anteriormente: “Pau que dá em Chico tem que dar em Francisco”. “Pugna o Ministério Público pela manutenção da decisão impugnada [liminar de Marco Aurélio]”, concluiu Janot.
Renan assiste ao julgamento de seu gabinete e está confiante, segundo colegas. Com informações da Folhapress.
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